terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ENTREVISTA DA SEMANA

Prefeito de Maragojipe fala sobre sua administração na cidade, sobre suas contas que foram rejeitadas pelo TCU e sobre mídia.

Prefeito de Maragojipe, Silvio Ataliba

"Não tenho medo de apanhar de Casemiro, de Bocão ou do rapaz que bate na mesa."
O prefeito da cidade de Maragojipe, Sílvio Santana (PT-BA), o Ataliba, concedeu uma entrevista, para o blog COM-ART 2, a conversa aconteceu após o Seminário fortalecimento da gestão pública, que ocorreu no último dia 20 de julho, no prédio da Filarmônica 2 de Julho, em Maragogipe.

ATALIBA: Primeiro vamos quebrar esse paradigma da burocracia da gestão. Com muita tranquilidade, eu digo toda hora é muito gostoso fazer gestão e muito complicado. Primeiro porque pegamos o município sem credibilidade econômica, sem moral, pelo que aconteceu aqui. Os desmandos que houve no município, a degradação do valor da família.

Implementaram aqui em Maragojipe uma política de esvaziamento de valor e você quebrar um circulo de sete famílias governando um município em quase 150 anos. Trazer práticas administrativas diferenciadas, isso é um choque mesmo a comunidade tendo votado em você. Mas ainda acredita no “favorzinho”, na receita, no cimento, essa coisa toda. E pra você quebrar isso, e depois um outro elemento que na minha concepção é o mais importante que é você trazer o povo da periferia pra fazer gestão. Não excluindo quem está no centro, mas misturar essas cartas. Hoje eu me orgulho muito.

A gente conseguiu implementar um ritmo de gestão aqui em Maragogipe e os frutos a gente percebe em cada canto e eu não tenho problema de fila em minha porta , secretário nenhum tem esse problema. As pessoas estão aí pra fazer crítica e é importante você construir essa massa crítica no município. A gente pega um município com 32% de analfabetismo e reduz pra 12, 13% em quatro anos.

Você pega um professor que ganhava um salário mínimo mais um abono de 20% e hoje tem o maior piso da região do recôncavo discutido com eles, e não é maior justamente pelos embaraços da gestão publica que é o orçamento, que é a capacidade de no próximo ano você dar um nível percentual de aumento, a questão do aumento no limite com o pessoal que é de 50%.

Hoje, Ataliba paga o salário em dia, tudo bem o salário ele aquece a economia do município, mas isso é uma garantia constitucional , não é um favor da gestão do Ataliba ou a gestão anterior.

A gente venceu essa batalha , esse espaço já foi garantido ,consolidado e agora precisa transformar essa gestão em eficiente .A gente precisa tomar consciência de que os 1.700 servidores da prefeitura são pagos pela arrecadação de cada um dos 42.000 maragojipanos e outros que não são maragojipanos mas acabam recolhendo seus impostos aqui e a gente precisa transformar isso em um serviço de qualidade sem essa “peste” aqui colocada de que servidor publico não gosta de trabalhar .

O grande desafio nosso é esse, e eu tenho certeza que tenho conseguido fazer isso, mas a gente precisa ser muito mais eficiente pra entrar na prefeitura e saber que você vai ter um atendimento de qualidade como se tivesse num shopping Center e o cidadão quer lhe vender alguma coisa e usa de todos os argumentos pra te convencer, Então, quem está na gestão publica tem que entender isso o cidadão lá é um contribuinte e se torna cliente nosso e precisamos oferecer um serviço de qualidade.

Ataliba falou sobre a evolução do município desde que assumiu

COM-ART 2: Sobre a participação da periferia e do centro na gestão, como está sendo executado o orçamento participativo em maragojipe?

ATALIBA: Faz três anos que a gente utiliza o orçamento participativo, estamos no quarto agora, mas eu acho que é uma ferramenta que já está obsoleta e precisa avançar muito mais. Nós temos saldo em caixa, mas a lei de responsabilidade fiscal diz que eu não posso mexer naquele dinheiro é uma verba carimbada. Então assim, a população está mais esclarecida porque também os instrumentos de fiscalização foram constituídos até por conta de concepções administrativas do país, do estado. Hoje a maioria dos gestores, não tem mais necessidade de andar com um talão de vales em baixo do braço, ainda tem, mas você percebe que diminuiu muito o poder de fiscalização aumentou. Eu acho que o governo federal através da TCU, monta esses mecanismos de não só ser punitivo, mas ser prepositivo. Você tem uma área na TCU que é punitiva que é fiscalizadora, mas também tem um braço que é prepositivo, está propondo mecanismos da gestão publica para que você evite cometer algum ato ilícito.

Eu mesmo tive conta rejeitada pelo tribunal de contas do município. E debato aqui sempre, eu estou no mesmo rol do cara que meteu a mão nos R$36.000.000 da igreja católica, no dinheiro dos salários dos servidores, pegou o dinheiro da merenda escolar e depositou na conta do filho. Porque o meu contador foi lá e contabilizou o meu pessoal de saúde e educação no desenvolvimento econômico. Então os percentuais nossos de 15 e 25 não foram alcançados, Nós tivemos a conta rejeitada porque nos alcançamos 24. 39 na educação e 14.68 na saúde. Mas eu to no mesmo rol do cara, então assim tem discutido com a comunidade, porque a comunidade precisa saber e entender porque quem faz o julgamento de nossas contas são pessoas que estão dentro de um ar condicionado, não conhecem a realidade do município, do cara que a mãe morreu e que o corpo ta lá e que a família não tem R$250, exatamente para comprar um caixão, que ele não sabe que o ônibus é velho, que o ônibus quebrou e você tem que substituir e não está no processo licitatório. O problema na mão do prefeito é imediato, você não sabe nem o nome da pessoa que morreu, mas sabe que você precisa ajudar. Aí no dia que a pessoa morre o atestado de óbito ainda não está pronto, mas você tem que enterrar em 24h. Aí depois que você enterra você tem que ter o laudo de que a pessoa é pobre, o atestado de óbito, carteira de identidade não sei o que... Aí é uma loucura. E quando você consegue isso, 60 dias depois você já apresentou ao tribunal de contas.

O prefeito polemizou ao falar sobre a mídia na Bahia

COM-ART 2: Prefeito deixe uma mensagem para o nosso blog:

ATALIBA: Se você investe R$100.000.00. em comunicação, você esta abrindo a possibilidade da comunidade estar sabendo .antes eu podia usar R$10.000 pra pavimentar uma rua , mas só pavimentar rua não adianta .Você tem que ter uma comunicação boa. E a comunicação na Bahia hoje, está defasada porque nesse padrão que está aí, o prefeito só é valorizado quando coloca R$20.000 ou R$30.000 num programa de TV. E se você não coloca R$10.000, R$15.000 você apanha e muito.

Eu disse na Record: “Eu apanhei de 14 irmãos, não tenho medo de apanhar de Casemiro, de Bocão, ou do rapaz que bate na mesa.”

Então pra não ficar dando cor a imprensa, ficar falando que a imprensa é marrom. Eu acho que é bom a juventude estar vindo pra esse lado, porque a comunicação é o quarto poder .


ELIANDSON SANTOS
LAYLA MARQUES
WELINGTON ALVES

CULTURA/RELIGIÃO

A FESTA DA FÉ

Igreja de São Bartolomeu


A Festa de São Bartolomeu é a manifestação religiosa mais celebrada de Maragojipe. Sendo realizada pelos membros da Paróquia de São Bartolomeu com o apoio de todos os órgãos competentes da cidade, que se encarregam de avisar e estimular o povo da fé para as festividades que são tributadas todos os anos no mês de agosto ao mais leal dos apóstolos, como é conhecido, O Bartolomeu.

Os festejos de São Bartolomeu

A festa de São Bartolomeu dura todo o mês de agosto, mês de morte do padroeiro do município baiano. Procissões, novenas, missas, lavagens de rua, concursos de Filarmônicas locais e a Regata Aratu-Maragojipe, um dos maiores e mais tradicionais eventos náuticos da América Latina, fazem parte da programação, que começa com o Pregão e o Bando Anunciador. Neste mês a população e os turistas enchem as ruas e praças de Maragojipe. Samba de Roda, Bloco de Mascarados, Jegue elétrico, Baianas, Charangas, Fanfarras, além de bandas de renome nacional agitam ainda mais a festa.

Lavagem da igreja de São Bartolomeu


Organização


Em um encontro informal com Luiz Carlos da Conceição, o Coordenador de Serviços paroquiais, ele nos forneceu a programação geral da Festa de São Bartolomeu 2009, além de detalhes da organização. “A Organização da festa é realizada pela Comissão de Festas e Serviços Paroquiais, que ao todo chegam a 60 pessoas, mas contamos com o apoio e a presença da Comunidade das Secretárias de Cultura e Turismo e da Prefeitura que traz para a cidade atrações de peso para fortalecer a festa.” - disse Luiz Carlos.

CALENDÁRIO DA FESTA DE SÃO BARTOLOMEU 2009


04/07/09 - Pregão
31/07/09 - Dia de oração em preparação à festa
02/08/09 - Bando Anunciador
09/08/09 - Lavagem do templo
16/08/09 - Bingo
21/08/09 - Início do Novenário
23/08/09 - Lavagem popular
24/08/09 - Dia de São Bartolomeu - (feriado municipal)
29/08/09 - Regata
30/08/09 - Domingo da festa
31/08/09 - Procissão - (feriado municipal)
01/09/09 - Fogos de planta


MAIRAN REIS E SUELY ALVES

COMPORTAMENTO

VIVER EM MARAGOJIPE


Oh! Minha bela cidade.
Maragojipe,
de belíssimas curvas, desenhos e desejos,
das mulheres inflamadas,
do ardor, ardente e fugaz desejo de amar.

Oh! Minha bela cidade.
de histórias, contos e encantos
travados na garganta mais profunda que existe,
pois de lá não quer sair,
vivendo num incrível vazio,
num lugar onde tudo se pode contar, falar e agir.
[...]

Oh! Minha bela cidade.
Maragojipe,
Gyp és tu, Marag sempre será,
indígena da cabeça aos pés,
da farinha ao pescar,

Oh! Minha bela cidade.
és tu a mais bela de todas,
e eu não te largo mais,
nunca mais,
pois, para mim, tu és um espetáculo,
de vida e atrativo.

Oh! Minha bela cidade.
culturas se mesclaram,
culturas se entrelaçaram,
contudo de nada resta,
pois foi e continua,
abandonada, desajustada,
deslocada e localizada,
fora do mapa do Brasil.
Zevaldo LR Sousa

Zevaldo Luiz Rodrigues de Sousa, 28 anos, poeta. É assim que ele descreve a patriótica cidade de Maragojipe. Uma vida de muita luta, onde os bravos maragojipanos de tez mestiça e quase sempre sem nenhum recurso resistem às constantes reveses do tempo e da vida.

Maragojipe se renova e fortalece a cada dia, tendo como base maior o sentimento, antes letárgico, de ‘magojipanidade’ e altivez.

Viver em Maragojipe - Cidade de grandes atrativos turísticos e banhada pelo Rio Paraguaçu – que de acordo com o senhor Germano Ferreira morador da na zona rural há 64 anos “Maragojipe já foi boa de viver, hoje a cidade está um pouco violenta, mas não tenho vontade de sair daqui não. Eu servir ao exercito, mas voltei e trabalhei no movimento brasileiro de alfabetização em 1972 que hoje é o TOPA (Programa de alfabetização da Bahia). Fui professor lego na zona rural e transportei o primeiro carro trazendo alunos para Maragojipe! Atualmente sou auxiliar de ensino na escola Cleriston Andrade, na zona rural.”
Para algumas pessoas que moram na cidade a maior dificuldade é a falta de emprego, como diz a senhora Edila Marta Moreira “Moro aqui à 28 anos e a gente procura um emprego e não acha. Sou formada há quase 10 anos em Magistério, fiz Formação Geral e o que mais preciso não acho, que é trabalho. Aqui não tem oportunidade, mas é um lugar bom para se morar.”

A realidade da cidade é vista com outro olhar sobre a visão dos jovens, Antonia Manuela Nunes, 15 anos diz “Eu moro em Coqueiros, mas estudo aqui, Maragojipe é uma cidade muito boa para morar, tem pessoas alegre, amigos. Pretendo ficar aqui, mas quero fazer administração e não tem faculdade na cidade.”

Maria José Silva de Jesus, 37 anos, não tem o que se queixar “Moro em Maragojipe em torno de 10 anos e morar aqui é gratificante, pois a cidade é tranqüila e sem muita violência diferente da cidade grande.”


GRACIELA SOUZA
JOSIANE NASCIMENTO

TURISMO/HOSPEDAGEM

Casas de Pouso em Maragojipe

Em Maragojipe, no que diz respeito á hospedagem, a cidade conta com poucas opções. Na busca pelas estadias oferecidas, percebemos que existe apenas pousadas simples, porem bem organizadas, que seguem os padrões de qualidade e conforto necessários.

Fomos informadas sobre a Pousada do Carmo, uma das mais conhecidas e indicadas da cidade. A Pousada fica localizada na Rua Fernando Suerdicker n° 16, Centro. No momento o prédio está em reforma para melhor atender seus clientes. Visitamos a filha de Dona do Carmo, Caroline, que nos informou sobre o funcionamento do estabelecimento, inicialmente tratamos do preço que se modifica de acordo com a temporada. Há um aumento nos meses de junho a agosto, quando acontece a festa junina, onde as variações de preço podem atingir até o dobro. Um quarto de solteiro que seria em média R$ 50 e o de casal que seria R$ 60 podem chegar a R$ 100 e R$ 120 respectivamente. Os hospedes que freqüentam são turistas vindos de Salvador e de outros países, além de bandas que fazem show na cidade e pessoas ligadas a política.

Existe também a pousada Oxumaré, assim como a pousada do Carmo há uma variação de preço, para solteiro em dias normais e valor da estadia é de R4 40 já nos períodos festivos o custo da diária passa a ser de R$ 80. Diferente da pousada já citada os principais hospedes são das regiões vizinhas como Santo Amaro e Feira de Santana. Ela está situada na Rua Silveira Borges de Morais n° 1.

Encontramos também a pousada Estrela Azul que se situa no antigo prédio da Prefeitura, na Praça 15 de novembro, n° 1, Areal. Em entrevista com a proprietária ela nos revelou que ultimamente não tem sido vantajoso este tipo de negócio, pois, o alto custo de matérias para manutenção e o trabalho exacerbado para manter a pousada, não é compensado com o lucro do empreendimento.


ANA BEATRIZ FERREIRA
LENISE FARIAS
ALINE RAMOS

GASTRONOMIA

Uma delícia de tempero

Pratos típicos da região

Pratos típicos da região


Maragogipe é uma cidade pacata, banhada pelo rio Paraguaçu e protegida por São Bartolomeu. A maior parte de seus moradores, principalmente os que vivem à margem do rio, sobrevivem da pescaria. Ostra, mapé, sururu, chumbinho, camarão, robalo e arraia são bastante encontrados no município, também estão na lista dos pratos mais requisitados nos restaurantes locais.
Nos restaurantes mais movimentados da cidade, registramos que, o povo se delicia com o marisco e pede bis. O tempero maragogipano é sem dúvida o mais procurado da região, sobretudo, no mês de agosto na festa do padroeiro da cidade, São Bartolomeu, em que a cidade recebe um fluxo maior de visitantes.

Apolônio

O bar e restaurante do Apolônio existe há 10 anos e fica localizado na Praça João Primo Guerreiro, no Cajá. De vista para o mar, os clientes degustam a moqueca de camarão e robalo, pratos mais pedidos no restaurante. “A comida daqui é aprovada, o povo pede muito e volta sempre, afirma a cozinheira do mesmo, Fabíola Dias da Silva”.

Chuveirinho

O bar e restaurante Chuveirinho é bastante popular na cidade, devido aos eventos promovidos aos finais de semana como voz e violão e seresta. Tem 24 anos de existência e fica localizado no bairro das Cabaceiras, na Rua Nossa Senhora das Graças. “O povo gosta muito da comida e às vezes pede para eu mesmo cozinhar”, salienta o Sr. Guilherme Nascimento, dono do restaurante. Os pratos mais degustados são siris catados, camarões, robalos e carnes do sol. O ambiente é bem arejado e frequentado constantemente por turistas e moradores da região, além dos beija – flores que aproveitam as flores do jardim.

Sol de Verão

O quiosque Sol de Verão encontra – se localizado na praia do Porto em Coqueiros, já faz 14 anos. Tem uma vista muito bonita, para o rio Paraguaçu. Segundo seu proprietário, o Sr. Renato Pacheco, as pessoas costumam freqüenta – lo mais aos finais de semana e o prato mais solicitado é mariscada, seguida do robalo, arraia, moqueca de camarão e carne do sol.

Tempero do chuveirinho

Tempero do chuveirinho

Conhecer o sabor do tempero maragogipano consiste em compreender também as tradições culturais da população de Maragogipe e da região do Recôncavo. A forma com que os pratos são preparados, a escolha de cada ingrediente está intimamente ligada à experiência de vida das pessoas que trabalham diariamente para servir aos visitantes e moradores do município as delícias da gastronomia maragogipana.



CIRLÂNIO CAMILO
JOAQUIM BAMBERG
NATALI OLIVEIRA
VALDELICE SANTOS

POLÍTICA - OPOSIÇÃO

Oposição se articula contra o prefeito

O Tribunal de Contas da União rejeitou a prestação da prefeitura municipal de Maragojipe. Esse processo é obrigatório a todas as cidades do país. O presidente do DEM (Partido Democratas) Francisco Gomes da Silva (Chiquinho) esclarece a situação maragojipana.

Com-art 2: Como você avalia o quadro político daqui?
Francisco: Com a organização, a predominância da cidade seria entre o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e o DEM. Somando todos os votos da oposição, constam 12.500 votos contra 9.000 votos do ex-prefeito, o que também comprova que o prefeito não seria mais forte que a oposição unida.

Com-art 2: Como ocorreu o processo de votação na Câmara?
Francisco: Com o importante e quase imprevisível voto do presidente da câmara que é do PMDB, vereadores aliados do PMDB e do DEM, foi decidida à ratificação. Como os outros vereadores não compareceram acabou sendo, como exemplo: 5x0.

Com-art 2: Por que a câmara também rejeitou as contas?
Francisco: Primeiro porque era mais correto para oposição e acarreta o fato dos vereadores serem novatos. Ora, se os técnicos do tribunal rejeitaram por que nós que somos oposição não iríamos concordar.

No final do processo o prefeito foi punido pelo Ministério Público, tornando-se inelegível por 8 anos.


DIOGO SILVA e LAIANA MATOS

terça-feira, 4 de agosto de 2009

CARTA AO LEITOR


No dia 13 de Julho, o blog COMART2 esteve em Santo Amaro da Purificação, cidade natal dos cantores Caetano Velozo e Maria Bethânia. Santo Amaro possui uma área de 486 km² e uma população de 58 414 habitantes (2000), o que dá uma densidade demográfica de 120,2 h/km². Foi fundada em 1557 e elevada à cidade no ano de 1837.


Chegamos ao município de manhã cedo. Entrevistamos Dona Canô, o prefeito municipal, vereadores, o secretário municipal de cultura e figuras ilustres da cidade. Desde o início, nos deparamos com a hospitalidade do povo santoamarense e com a beleza de sua arquitetura colonial, mantida por projetos de manutenção e restauração do patrimônio histórico do governo federal. A cada instante e metro quadrado andado, nos dávamos conta de uma coisa nova. Todo o trajeto nos chamou a atenção, de modo que ficamos inteiramente surpreendidos diante de cada descobrimento e das singularidades de Santo Amaro.


A cidade estava movimentada, com um centro comercial grande para a região e bem articulado. Um dos moradores nos revelou que Santo Amaro é o único município da região do recôncavo que a feira-livre acontece durante toda a semana. Além do comércio, da agricultura e dos serviços públicos, a população santoamarense conta com algumas indústrias de médio porte, como a fábrica de papel e embalagem Penha e a de tubulação Conduto, para trabalhar.


É inegável a importância cultural do município para o Estado. Além de Maria Bethânia e Caetano, temos que destacar cantores e compositores de nome em todo o território nacional, também filhos de Santo Amaro: Assis Valente, Jorge Portugal, Roberto Mendes, Marcio Valverde, Jota Veloso, entre outros. As festas populares e um rico folclore também são riquezas inestimáveis que Santo Amaro tem a oferecer seus visitates.