quinta-feira, 9 de julho de 2009

OPINIÃO DO BLOG



O SENADO FEDERAL E A LIBERDADE DE IMPRENSA

O Senado Federal é a câmara alta do Congresso Nacional do Brasil. Foi criado junto com a primeira constituição do Império, outorgada em 1824. O Senado brasileiro foi inspirado na Câmara dos Lordes da Grã-Bretanha, mas com a república foi adotado um modelo semelhante ao do senado dos Estados Unidos.

Atualmente o Senado Federal possui 81 senadores, eleitos para mandatos de oito anos, sendo que são renovados em uma eleição um terço e na eleição subsequente dois terços das cadeiras. As eleições para senador são realizadas junto com as eleições para Presidente da República, Governador de Estado, Deputados Federal e Estadual, dois anos após as eleições municipais. Todas as 27 unidades da Federação (26 estados e o Distrito Federal) possuem a mesma representatividade, com três senadores cada. Os senadores representam os estados e não a população.

A mais importante agremiação do Poder Legislativo brasileiro tem enfrentado uma onda de fatos que compromete toda a sua estrutura. O Senado se vê transformado em um balcão de interesses individuais. Nos últimos três anos, três presidentes do congresso perderam o cargo por envolvimento em casos de corrupção, fraudes e irregularidades variadas. O senador Antônio Carlos Magalhães, usou sua autoridade para permitir, entre outras coisas, a violação do sigilo do painel de votações. O senador Jáder Barbalho se aproveitara das prerrogativas de presidente para obter vantagens financeiras, por meio das quais conseguiu acumular uma vistosa fortuna. O senador Renan Calheiros, o último a deixar pela porta dos fundos a presidência, mantinha uma rede de amigos empreiteiros para todo tipo de obra, inclusive bancar suas despesas pessoais.

Sarney, por seu turno, ocupa pela terceira vez a cadeira de presidente. Agora, com apenas cinco meses de mandato, está na berlinda por causa de uma série de denúncias de nepotismo, contratos superfaturados, atos secretos, contratação de fantasmas e benefícios a familiares. Contudo, é ridículo o argumento que o presidente do Senado tem usado para se defender do assédio de notícias novas que vem derrubando sua imagem e a do Senado Federal, Sarney se diz, vítima de um ataque midiático.

É evidente que este tipo de estratégia vindo de um político experiente como Sarney, é incabível. Porém se faz necessário se ter cuidado, para que estas notícias não sejam usadas e manipuladas em benefícios de políticos oportunistas, pois nestas ocasiões é que aparece ‘os mesmos salvadores da pátria‘, que se apropriam das informações e com bravatas movem a opinião pública, como se os problemas de hoje, não fossem recorrentes e que estes por pura e santa ingenuidade não soubessem de nada.

A impressão que se tem todas as vezes que são veiculadas noticias acerca dos escândalos do Senado Federal. É da mesma história da secretária do lar que limpa a casa e empurra todo o lixo para debaixo do tapete da sala e todos da casa conhecem e sabem do mau proceder da secretária, porém ninguém é capaz de tomar atitude alguma, porque também procedem da mesma forma. No caso do Senado o lixo não consegue ficar assentado embaixo do tapete de tão amontoado que estar, por conta disso é impossível (quase impossível, pelo crédito em alguns poucos) que os 81 senadores da república não sabiam de tais procedimentos, até pelo motivo de saber que as molas propulsoras da política brasileira são o fisiologismo e o clientelismo, entre outras coisas.

A imprensa tem um papel fundamental no desenrolar desta questão, como um agente investigador, inquiridor que é, de apurar os fatos no comprometimento com a opinião pública, blindando-se de imparcialidade e resguardando de ser manivela de grupos ou interesses políticos que estão esperando sempre uma grande oportunidade para agir. A derrocada moral e ética de uma daqueles que foi um ícone da política brasileira, o Sr. José Sarney, as provas contra ele são contundentes? São, bem contundentes. Faz quanto tempo que isto acontece no Senado? Desde sempre acontece, alternam-se governos e partidos no poder e a realidade esta, o jogo cruel de interesses, e a preocupação é o seguinte de que lado estar à imprensa: da democracia ou de interesses de grupos políticos; uma imprensa comprometida com a democracia, ganha a república, o país; a imprensa comprometida com interesses de grupos políticos, perde-se todos, mesmo que as notícias sejam verdadeiras, quando se existe comprometimento com grupos políticos, a notícia torna-se uma verdade relativa, cai Sarney e entre outro e a imprensa no seu papel louvável de informar, continue livre de ideologia, apure e denuncie a serviço da democracia.


ANDRE CARDOSO

ENTREVISTA DA SEMANA



O COM-ART2 entrevistou a presidenta da Câmara de Vereadores de Cachoeira, a Srª. Angélica Sapucaia.

COM-ART2: O COM-ART2 teve conhecimento de alguns projetos seus de melhorias para a câmara. Que projetos são esses?

ANGÉLICA: Tem um projeto que já foi executado em relação ao som da câmara e um outro, para a troca das cadeiras. Pretendo concluí-lo antes do término do meu mandato de presidenta.

COM-ART2: Então a senhora não vai concorrer à reeleição?

ANGÉLICA: Nós fizemos um acordo extra – oficial, onde nenhum vereador ficará por mais de um mandato na presidência. Para que todos tenham oportunidade de gerir a casa.

COM-ART2: Qual o grau de aceitação desse seu projeto?

ANGÉLICA: Grau máximo, 100% de aprovação neste nosso projeto para melhorar a estrutura física da câmara.

COM-ART2: A senhora apóia a UFRB em Cachoeira?

ANGÉLICA: Com certeza.

COM-ART2: A câmara tem algum projeto de auxílio para que os Cachoeiranos entrem na universidade?

ANGÉLICA: Infelizmente não, porque nós só podemos gerir a câmara, até temos vontade de fazer, mas a lei não permite.

COM-ART2: O que a senhora acha das entidades que ministram o patrimônio público de Cachoeira?

ANGÉLICA: Eu acho bom, mas às vezes, falta comunicação, eles não dão uma resposta para a gente. E a gente tem um compromisso com o povo que foi quem nos elegeu, precisamos dar uma resposta para as pessoas.

COM-ART2: Falando de saúde, como vocês receberam a notícia da chegada da Gripe A em Cachoeira?

ANGÉLICA: Nós ficamos preocupados, e estamos vigiando, porque sabemos da capacidade de nossos hospitais.

COM-ART2: Em relação ao 25 de junho, qual os benefícios que a cidade recebeu?

ANGÉLICA: O 25 de junho pra gente é muito bom, porque o governador administra cachoeira por 24h. Ele só tem trazido benefícios para a nossa cidade, como a faculdade e outras coisas mais.

COM-ART2: Deixe uma mensagem para o nosso blog:

ANGÉLICA: Eu desejo que vocês sejam muito felizes, e o que nós pudermos ajudar, até eu mesma, em relação a dinheiro, tudo... Vocês são jovens, e os jovens merecem todo apoio, a luta de vocês é muito importante.

ELIANDSON SANTOS, LAYLA MARQUES, FERNANDA BRITO E RENATA REIS

EDUCAÇÃO



A influência do IAENE em Capoeieruçu

Capoeiruçu significa capoeira grande, afirma o morador Martins com cerca de 70 anos.

Em meados de 1979, a Igreja Adventista com o intuito de instalar um colégio na região do recôncavo da Bahia, encontrou neste distrito de Cachoeira condição geográfica propicia para construção do mesmo.

A grande fazenda Capoeiruçu, foi escolhida pela cúpula da Igreja Adventista para implantar os cursos técnicos. A faculdade iniciou com vinte e cinco alunos e totalizando hoje cerca de três mil estudantes, sendo que seiscentos deles se encontram em regime de internato.

Em entrevista com alguns moradores, funcionários e estudantes podem-se constatar a influência sócio-econômica e religiosa exercida na comunidade.

Moradores – Comerciante de frutas, Francisnei Ferreira, 22 anos, estudante do ensino público, afirma que sem a presença do IAENE (Instituto Adventista de Ensino do Nordeste) o distrito não existiria, e pretende após terminar os estudos ingressar na faculdade, também Ismael Oliveira, 17 anos, concluinte do 2º grau prestará vestibular para administração na instituição.

Funcionários - Cosmi Rodrigues, segurança e guia do IAENE, mostrou ao blog Com Art 2, as estruturas oferecidas aos alunos internos e também aos demais. Fábio Guimarães, setor de comunicação e marketing conta que houve uma mudança substancial na região durantes os trinta anos do IAENE.

Estudantes – Marizane Almeida, natural de Conceição do Coité, 24 anos, além de cursar pedagogia estando no 6º semestre é uma funcionária que participa do programa de bolsas, designados aos mesmos. Adventista, ela diz ser muito importante, pois a faculdade exerce alguns trabalhos voluntários, promovendo integração com a população.

Sidnei Carvalho, nascido no próprio distrito, 20 anos, cursa administração no 2º semestre. Trabalha numa lanchonete próxima ao IAENE e conta que o comércio depende integralmente do fluxo de estudantes no período letivo dizendo fechar o estabelecimento durante o recesso. O estudante ainda faz um breve comentário sobre a imposição religiosa sutilmente praticada pela faculdade.

Alguns projetos voluntários de impacto na comunidade são desenvolvidos nos setores de educação, saúde e comércio. Tendo como exemplo de integração e amizade o projeto de conscientização “Capoeiruçu mais limpa” estando este no 2º ano de realização.


LAIANA MATOS e NATHALI OLIVEIRA

Memória

CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE

Os tradicionais festejos comemorativos da data magna baiana, iniciados no dia 25 de junho em Cachoeira, tiveram continuidade na cidade de São Félix, no feriado de 2 de julho (data da conquista da Independência da Bahia) – luta ,que teve início ainda em 1821, motivada pelo sentimento federalista e emancipador de seu povo, e que terminou pela inserção na formação da unidade nacional brasileira, durante a Guerra da Independência do Brasil−. Figuras ilustres da política regional e cidadãos sanfelistas, participaram da seção solene na Câmara Municipal. O prefeito da cidade, Alex Sandro Aleluia de Brito ressaltou: “A data é importante para a construção da identidade de uma unidade nacional”. Além de ponderar o trabalho realizado pelo poder executivo municipal aliado ao poder legislativo.

O orador da solenidade e bispo da Igreja Católica Apostólica Brasileira, Dom Roque Cardoso Nonato, traçou um paralelo entre a história de sua vida pessoal e a história da cidade de São Felix, também evidenciando a magnitude desta, quanto à aspectos culturais e econômicos para o recôncavo e a Bahia.

Terminada a sessão solene deu-se início ao desfile cívico, tendo como temática “As Lutas pela Independência e as Lutas pela Sobrevivência”, com a participação de escolas, animadas fanfarras e bandas marciais, além de autoridades e os carros do Caboclo e da Cabocla; figuras que simbolizam e homenageiam os que lutaram bravamente pela liberdade do Brasil.


O descerramento das bandeiras ocorreu após o desfile, e logo em seguida, sucedeu-se a reinauguração do Paço Municipal, com show pirotécnico e finalizando os festejos com o retorno do Caboclo para Cachoeira.





JOAQUIM BAMBERG e JOÃO LUCAS FAGUNDES