sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ajuda de compadres

O Santo Antônio inicia as festas dando ‘Boas vindas’ ao mês de junho. Pra demonstrar sua devoção, as mocinhas donzelas foram até a missa com uma vela, para pedir um casamento bom. Depois da reza arretada, correram até a praça pra encontrar o marido pedido. Na praça, toda enfeitada com fogos e bandeirolas, o sanfoneiro com o Zé do pandeiro, no palco tocando uma moda, convida os casais pra xotear no ‘antigo Mercadão’.
São João, do canto avista uma moça e a puxa pela cintura a fim de rodopiar, a donzela encantada aceita ser cortejada pra então desencalhar. Os dois entram na roda, improvisam uma quadrilha que alegrou o arraiá. E confuso de tanto licor e amendoim, João pede a mão da Bonita em casamento, ela aceita feliz prometendo tirar o Santo do castigo.

Na manhã do dia seguinte a festança é garantida. Na mesa típica, bolo de milho e canjica, para os parentes e amigos de fora não reclamarem. O casório está acertado, porém o moço diz zangado que não vai se casar, Bonita fica triste, mas João a segura pela mão, levando-a para o altar. As crianças ao redor da fogueira clamam ‘Viva!’ Ao casamento que está para findar. São Pedro promete não ter chuva, para na ‘Vila Junina’, em uma noite linda à lua brilhar.


LAIANA MATOS

Um comentário:

Lorena Morais disse...

Belíssima narrativa, amiga!
Sabia que você arrasava!
Que narrativa encantadora...
Beijos ;*