quinta-feira, 9 de julho de 2009

ARTE

ESCULTOR FALA SOBRE A HISTÓRIA DA SUA PROFISSÃO

Na visita do ateliê do escultor Carlos Alberto Dias Nascimento de 50 anos e natural de Cachoeira, o popular Fori como é conhecido na cidade realiza o trabalho de esculpir na madeira a arte, representando o seu desejo e dom artístico.

O escultor falou sobre a história da sua vida, na condição de filho de uma família numerosa, pois os seus pais tinham 10 filhos e era comum na época, quando os filhos completavam 10 anos irem para uma oficina mecânica ou para uma marcenaria. E com ele não foi diferente. Quando tinha 11 anos o seu pai lhe colocou numa marcenaria perto da sua casa, pois queria que ele desenvolvesse um ofício profissional.

Durante a entrevista, Fori lembrou do seu primeiro trabalho, que foi o rosto de Cristo esculpido na madeira e as pessoas reconheciam a imagem e elogiavam o seu talento. Enquanto seus colegas se prendiam a construir objetos como mesa e guarda – roupa, a sua experiência em modelar madeira, usando o formão e outros instrumentos cortantes foi lhe condicionando a fazer desenhos em alto relevo.

Até aos 16 anos, fazia as esculturas em uma só dimensão. A partir daí conheceu outros artistas que passaram a valorizar e incentivar o seu trabalho. Mas o momento definitivo da profissão foi a sua ida para cabana do pai Tomás, que era um local de grande movimentação turística e as pessoas que visitavam a cabana saiam encantadas com seus dotes artísticos. Daí passou a ser remunerado com a comercialização das suas esculturas que determinou a sua única e exclusiva fonte de renda.

MERCADO

Desde 1970 que a arte direcionada a escultura tem mercado garantido. Apesar de ter em Cachoeira artistas de diversas modalidades, a arte de esculpir criou um elo com a cidade que determina a tradição de valor e respeito pela cultura.

CONFERÊNCIA

A sua ida a Nova York em 1986 para uma Conferência dos Orixás, que reuniu 48 cidades brasileiras, incluindo a África e o Caribe, foi um momento único na sua profissão, porque seus trabalhos foram expostos para vários países que tiveram o privilégio de conhecer sua arte e o artista cachoeirano.

Suely Alves e Monalisa Leal

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