segunda-feira, 3 de agosto de 2009

EDUCAÇÃO II

PEDAÇO DA PIZZA

A cidade de Santo Amaro, no recôncavo da Bahia, está em uma disputa frenética pela instalação da Universidade Federal. O PT (Partido dos Trabalhadores) no município encara a consolidação do campus como uma missão. Em conversa com secretário geral do partido, Joaquim José Filho, fica claro a relevância do assunto.

Em uma pronúncia forte Joaquim afirma que Santo Amaro sentiu-se ofendida por não ter um campus, enquanto Amargosa, que é Vale do Jequiriçá, foi beneficiada. Ele afirmou que a implantação será um dos principais pontos de campanha do partido, com o slogan: “Pra ser do recôncavo a UFRB tem que está em Santo Amaro”.

Já tiveram diversas conversas com o reitor da universidade que, segundo Joaquim, deixou clara a provável instalação do campus com os cursos de economia e administração, inicialmente. Porém, não entraram em conversa com os campi e desconhecem a realidade deles.

O secretário afirma que mesmo com todas as características da região e contando com apoio de Valter Pinheiro e Luis Alberto é a falta de prestigio político que atua como maior formador desse “corredor da exclusão”.


BORDAS DE CEBOLA

Quanto mais vagas em universidades públicas melhor. É o consenso. Lutar por elas é nobre. Mesmo assim o sonho pode acabar como uma frustração. Na conversa com o secretário, uma senhora que trabalha no mesmo local que ele, não quis ser identificada, alegou uma das melhoras com a instalação do campus, “meu filho não quer fazer um ensino a distância, ele não gosta, e eu terei que dá um jeito pra pagar o curso dele na UFBA”.

No entanto, não é usufruindo da conjuntura política e de um ideal no imaginário popular que se deve encarar essa luta. No caso da conquista a universidade que já tem cunho de propaganda política vai reforçar esse papel e Santo Amaro poderá ficar com grandes dívidas com os heróis que surgem depois de toda guerra.


DIOGO SILVA DE OLIVEIRA

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